nem tudo o que sabe bem faz mal ou engorda



in co-errância


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Uma coisa é sermos incoerentes. Não há mal nenhum nisso. Todos os grandes coerentes do mundo fizeram merda da grossa ou não chegaram a fazer merda nenhuma. Se há exemplo máximo de coerência que me lembre é o Adolfo. Esse mesmo, coerente até dizer chega, tão coerente tão coerente que acabou por ter de arejar a tola! A dele, a da sua Eva e ainda a da matilha dos acólitos mais chegados.

A incoerência é uma coisa típica de gaja e que me dá muito orgulho!
Essa necessidade perfeitamente normopata de dizermos sempre o mesmo, de não mudarmos de opinião, de estarmos ora só com Deus ou só com o Diabo irrita-me, aborrece-me, entedia-me. Aquele argumento do “Ah e tal, mas isso não me parece ser lá muito coerente!” enoja-me! E aí, verdade seja dita, nós fêmeas levamos claramente vantagem face aos machos!

Gosto de estar bem com Deus e com o Diabo.

Quando, em miúda, vim a descobrir que a minha mãe martelava por fora (agora já não tenho qualquer pejo em pôr a coisa assim!) fiquei piursa! Não por se tratar da minha mãe e não o meu pai, porque na verdade não sei se ele não aparafusaria por fora também, mas o meu pai era do tipo mais calado. Um sonso! E sabia fazê-las, pelo que não me admira nada que tenha sempre feito das suas e sempre nas barbas da minha mãe. A Gina, ou estaria entretida a disfarçar as cavalgadas, ou no alto da sua cagança de tia nunca conseguiu perceber verdadeiramente um caralho! Mas fiquei pior que estragada porque julgava, coerentemente, que isso não acontecia na minha família e muito menos com a minha mãe! Hoje, depois dessa experiência e de ter sido casada, (pronto, já disse!) não penso da mesma maneira.

Continuo a gostar do meu ex-marido e de vez em quando ainda nos encontramos para matarmos saudades um do outro. É o que se poderá chamar de “aproveitar ganhos de experiência”. Não sei se a actual mulher dele saberá, mas isso pouco me rala. Que importa se somos ou não do género manso quando somos corno!

Quando estive casada - e o casamento acabou porque acabou. Não teve a ver com sexo! Aliás se durou o que durou só pode ter sido porque sempre nos soubemos engalfinhar muitíssimo bem - nunca me preocupei com isso. Já tinha aprendido a lição com a minha mãe.

Muito bem, então e ao contrário do que apregoo por aqui, pode-se dizer que sou e terei então sido coerente! Pois sim, às vezes! Se formos sempre incoerentes somos o quê, senão coerentes? Mas deixemo-nos deste trivial e croquetes. Nem todas as tipinhas que o meu ex comia eram propriamente do meu agrado. Há que perceber a nossa cotação, a quanto estamos, quanto valemos, a como está o nosso broche, por exemplo! Se eu tiver em casa quem me realize, quem me leve sempre onde eu ainda não fui... ficarei cada vez mais longe do pão do 3.º esquerdo e arredo mais a possibilidade de ele me comer entre os vãos dos nossos andares. Bem, claro que eu sou sempre livre de pensar no tipo do 3.º, mas uma coisa é imaginá-lo a comer-me e outra bem diferente é eu mesma, a pular-lhe para a espinha... tadinho, ainda para mais é do tipo tímido (os piores!)

E depois convenhamos. Pensem no assunto. Se casamos com alguém é, em princípio, porque acreditamos que essa pessoa reúne um conjunto de características que não só consideramos importantes, como as bastantes para nos assegurarem tudo o que possamos querer ao longo da vida (bem sei da relatividade deste tudo!) Com essa pessoa construímos uma terceira e ficamos três: O nosso eu, o outro e a tal terceira pessoa a que chamo Nós e que é a pessoa mais importante nessa relação. Portanto se já vamos ficar com essas duas pessoas para o resto da vida, e ainda para mais só com uma delas é que temos sexo (o sexo que faço comigo própria não conta para este efeito, embora se possa dizer que é um amor verdadeiro, porque gosto muito, mas mesmo muito de mim!) não acham que é uma grande seca não podermos ter sexo com mais ninguém?

Nada se altera quanto ao que sentimos pelo eu e ao que sentimos pelo outro. Mas uma coisa vos garanto. Essa terceira pessoa, o tal Nós, ficará certamente a ganhar!


4 Respostas a “in co-errância”

  1. Blogger manhã 

    Fartei-me de rir!

  2. Blogger Susana I 

    Mas de quê Manhã, de quê?
    ;)

  3. Blogger Susana I 

    Marco Paulo
    Querido,

    Sabe que já estive mais longe? De aceder a convites...
    O Marco não me interprete mal, eu explico-lhe: Primeiro o Marco tem assim um nome absolutamente divinal e do qual sempre gostei! Sabia que os seus dois amores me fazem logo lembrar aventuras e a dobrar!? Depois, confessa-me ser um homem casado e bem casado, o que só abona a seu favor! Quer saber porquê? Primeiro porque sempre gostei de confissões! São assim meio caminho andado para tudo. Mas depois e principalmente porque e apesar de bem casado, como diz, tem discernimento/não tem discernimento suficiente (riscar o que não interessa) para me revelar e a quem o queira ler, que estará em brasa por mim! Isso agrada-me e muito! E Marco querido, eu ainda vejo mais! Senão repare: Homem que não só não mostra qualquer pejo em revelar ao mundo os seus desejos mais íntimos, como ainda para mais o faz, bem montado em vocabulário de porte robusto e proporcional aos referidos desejos é como se tivesse um rótulo na testa a dizer-me, “tenho uma língua daqui até Pegões!” Ora isso também me agrada e muito!
    Depois vejamos, é por demais evidente que o Marco se não tratará de um Brutus qualquer, pois não lhe bastando apresentar locução latina, ainda refere de modo ligeiro esse portento que terá sido o saudoso Marquês (se bem que ultimamente tenha andado mais ‘inspirada’ num tal de Leopoldo Masoch!) e claro, essa minha doce regente Xeherazade! Não posso estar errada, quando lhe digo que já estive bem mais longe... o menino é tentador!

    E assim Marco, foram seguramente mais de mil e uma, as vezes em que, depois de ler este seu comentário, que agora agradeço e retribuo, me imaginei muito junta e apertadinha contra si, ora a passar de mão o seu microfone, ora a ajudá-lo a segurar os top’s, enquanto compunhamos todas as sinfonias que bem nos aprouvessem!

    Por isso Marco meu querido, apenas lhe peço que se assim sente, que então continue, que se aposse dessa oportunidade! A de não se ficando pelo nome vir a construir verdadeiro Marco nas nossas vidas!

    E claro, claro que não só lhe darei o meu telefone, como tudo o mais que ao meu alcance estiver e o Marco assim o desejar! É só pedir.
    Da sua, incondicionalmente rendida,
    SI

  4. Blogger Susana I 

    Querido Marco Paulo,

    Devo começar por dizer-lhe que ter acrescentado "António Paulo" não provocou em mim mudança assinalável.

    Percebo que o menino porventura tenha imaginado, seguindo um raciocínio a que apelido de «três simples», que se os seus dois nomes 'Marco Paulo', provocaram aquela resposta, então se eu lhe somar mais estes dois, esta Susaninha furará esta trapalhada toda para se vir escarranchar direitinha em cima de mim aqui no recato da repartição!

    Não meu querido Marco Paulo! Proponho-lhe que avancemos sim, mas bastante mais devagar!
    O menino não faz tudo a correr, pois não!?

    Ora então vamos por partes:
    «Guincho ao Domingo»
    Mas querido, que eu guincho, berro e até esbracejo, não será novidade nenhuma, além de que e para o efeito desses doidos vocalizes, não guardo no calendário qualquer dia em particular. No entanto, confesso-lhe que a imagem do seu «Guincho ao Domingo» não me agradou sobremaneira!
    Soa-me demasiado perto do passeio familiar, está a ver? Daqueles passeios (ao Domingo!) com sogras e bolos parrameiros à mistura. Com trânsito (como bem refere!) e espreitadelas fugazes à boca do inferno, de minizita na roulote, enquanto as madamas se passeiam aos encontrões nas bancas dos bordados, das péis, dos pufes e das pantufas, dos casaquinhos de pura lã virgem e do sei lá que mais… Depois a Periquita! Mas será pelo afamado travesseiro!? Com ou sem ele, Marco, e depois de ver a minha passarinha, garanto-lhe que ficará sem a mais pequena vontade de ver qualquer outra ave, seja ela ave rara ou de espécie canora…

    Já quanto à mamada que me refere, digo-lhe que me entusiasma! Sim, aí confesso-lhe que apurei os sentidos. Vislumbrei-lhe inclusive uma pinguita de transgressão no seu olhar. O Marco a medir bifas de meia-idade que por ali passam embevecidas, entretido em se conter…
    Mas este meu entusiasmo não deriva de grande proeza sua, mas antes de mérito meu… que ultimamente ando de forma a que tudo, mas tudo me entusiasma!

    Mas obrigada, quer pela confiança demonstrada ao me revelar o seu nome completo, como pela proposta, que embora xoxinha e sem grande imaginação, poderá, depois de convenientemente trabalhada, traduzir um verdadeiro convite ao prazer, que aceitarei claro, de forma bem prazenteira, ou não me chamasse eu Susana Isabel e não fossem estes puros diários de prazer!

    ps Marco querido, peço-lhe encarecidamente que esqueça os seus sistemáticos «com o devido respeito»! Se ler (eu sei que leu, mas peço-lhe que releia) um dos meus primeiros posts, designadamente o post em que me refiro à Etiqueta, reparará que o respeito e a dignidade não se pedem, não se dão e nem se tiram.
    Ou existem ou não!


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