nem tudo o que sabe bem faz mal ou engorda



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A partir de hoje e graças ao senhor arquitecto, arranjei a caixita dos comentários. Agora, de gatafunhos limpos, prometo dar um novo elan à coisa da Susana Isabel. Muito obrigada Daniel.
O próximo passo é trazer convidados de jeito que isto está muito vazio para o meu gosto.


paridades e descriminação positiva

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Em stricto sensu não é pecado cobiçar o homem da próxima
Em latu sensu não é pecado cobiçar o homem da distante
E é do mais elementar sensu que não é pecado cobiçar o homem

à MS mas com muitos dias de atraso


uma alma caridosa

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Não haverá por aí, uma alminha caridosa que se apiede de mim, que tenha misericórdia desta pobre carochinha de casinha desarrumada...
Já aqui paro tão pouco que se não resolvo este problema desapareço de vez. Refiro-me aos gatafunhos na caixa de comentários. Já tentei racomin e outros venenos, sulfato de cobre e outros produtos e nada. Antes de chamar uma dessas empresas de desinfestação, não haverá por aí uma alminha caridosa que me explique [sou muito burra] como retirar aqueles caracteres todos da porta de entrada da minha caixa de comentários. Quero trazer gente cá a casa e é isto, este espectáculo desmotivador para quem entra, para quem quer estar à vontade.


live & kicking

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Escrever como quem fode, de pé. As mãos nos adjectivos e o rabo no muro, nas paredes do que aprendi, do que supostamente me ensinaram na universidade. Dez segundos e já está. Não me ensinaram mais. Não havia mais para aprender. Sou sardónica, irónica e mordaz.

Tenho dias assim, em que me irritam todos os optimismos. Só eu posso ser optimista e quando o sou na verdade sinto-me uma idiota. Mesmo no verão e de céu aberto eu consigo vislumbrar nuvens. Depois aviso por chuva mas não, nunca corro por chapéu. O sol brilha e eu também aviso (estúpida!). E do céu azul, mesmo onde até ali nada havia ela aí vem e começa a chover! Tinha razão mas que irritação esta agora a chuva que não para! Uma coisa é chover e outra bem diferente inundar. Sou pessimista e preparo-me então para o pior, para nadar. Mas afinal sou teimosa, perseverante, inconstante e maçadora. Mudo de ideias e não arredo pé, deixo-me ficar a afogar. O sol de repente brilha e o céu volta a ser azul mas agora é tarde, estou encharcada, cansada e desmotivada. Deixei passar o dia e a hora e agora tenho de dormir. Escrever como quem fode e de pé até morrer.


príncipe encantado

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...qual príncipe encantado, qual carapuça!

Bom mesmo é lobo mau! Ouve-te melhor, cheira-te melhor, vê-te melhor e ainda te come!


mulher

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«Olha Virgílio, da minha virgindade vou escrever um dia destes» Foi assim que lhe anunciei como fazia tenção de nos mostrar.

Da última vez que nos encontrámos, Virgílio ficou embaraçadíssimo. Disse-me que por acaso calhou ler este ‘diário de si’e ficou boquiaberto. Referiu-me que eu nem me tinha dado ao trabalho de alterar os nomes!
- Ora Virgílio - como vês, sou mesmo uma despudorada – tem calma! Asseguro-te que ninguém, mas ninguém mesmo, sabe quem nós somos.

Repara: Assim, Susanas Isabéis existem quê!? Seguramente umas centenas, não é? Depois, divorciadas como eu são quantas? Devem ainda ser umas boas dezenas, não achas? Das que perderam a virgindade assim com um tipo como tu, chamado Virgílio, serão quê, três, quatro? Ora e por fim, libertina assim como eu, só eu mesmo!

;)

Estou a brincar. Ninguém sabe quem somos. Posso até dizer onde moras actualmente! Posso por exemplo referir ‘Roma’ e assim despisto tudo e todos. Posso até dizer Av.ª de Roma e pimba! Aperto o cerco - sentes o frisson?
Descansa Virgílio que nem sequer falo na Vává, onde nos encontrámos e onde tu tomas o teu pequeno-almoço todos os sábados…

Isto não é nada. Aliás tudo isto é mentira - Queres ver como é que os despistamos!?
Eu não me chamo Susana Isabel, nem foi assim que perdi a minha virgindade:

Já me tinhas chegado, ou antes a tua voz. Eu sabia que seria contigo. A tua voz, mensageira de ti precedeu-te, anunciou-me que serias tu, um dia, a descobrir a minha flor. Tu lembras-te Virgílio? Claro que te lembras. Para ti também foi a primeira vez. Nunca me confessaste mas eu sempre o soube. As mulheres, Virgílio, nasceram com este dom, de saberem o indizível, o inconfessável. Parece que adivinham mas na verdade sempre o souberam, mesmo sem o saberem. Não há nada de bruxedo nestas coisas e muito menos nisso a que tão pomposamente se costuma chamar de «sexto sentido». Qual «sexto sentido» qual carapuça! Não há olho nenhum na testa! Isso é tudo uma grande falácia! Essa do «sexto sentido» está para as mulheres como o achar moedas está para os gaiatos. Porque é que as crianças acham mais moedas na rua que os adultos? As mulheres são mais sensíveis e atentas e os miúdos são mais pequenos. Assim, as mulheres reparam em certas coisas e os miúdos estão mais perto do chão! Mas deixemo-nos de psicologias estultas - que como diz e bem uma amiga minha é expressão tautológica.

Dizia eu, que sempre soube que tu, Virgílio, serias o primeiro. Estava guardada para ti. Não que, como já o escrevi, fosses assim uma espécie de príncipe encantado, não! Eu tinha essa consciência. Estavas longe dos ditames da moda, mas já então e bem agora, sempre fui capaz de distinguir o acessório do principal, o que é construído do que nasce inato. E tu Virgílio, desengonçado e distraído, leve e solto, eras, quando para ti olhava, o homem. O ser que havia de me descobrir o caminho. Eras o navegador que haveria de se fazer ao meu mar e com a sua quilha rasgar-me as ondas, navegar-me, entre promontórios e penhascos, cabos e rochedos, ventos e tempestades. Não me enganei. Juntos descobrimos os caminhos de cada um. Juntos experimentámos o prazer que é usarmo-nos, usufruirmo-nos nas descobertas do que guardáramos até então dos olhos um do outro.

Não planeámos grande coisa e aí residirá seguramente parte da magia, parte desta memória que me é tão grata. Tivemos sorte, se isso a que se chama sorte chega sequer a existir. Se isso a que se chama destino não somos antes nós, que nos planeamos, que nos entretecemos com linhas invisíveis, nas quais vimos a tropeçar mais tarde. Nessa altura podemos chamar-lhe destino, má sorte ou mesmo azar, mas na verdade fomos e somos sempre nós. A sorte fomos nós que, atentos, nos soubemos cuidar em momento anterior. O azar fomos nós, que não soubemos ver mais além, tal como o inepto jogador de xadrez, que jogando a rainha para a casa contígua ao rei inimigo, chama má sorte ao resultado. Está lá tudo, ou pelo menos quase tudo. Só temos que saber ler, que saber interpretar. Só temos de saber escutar, de ver, de pensar.

Daquela vez em que nos encontrámos na casa da azenha, talvez não soubéssemos que seria assim, mas já sabíamos de nós, de quanto e de como nos estávamos reservados. Agora sei que terá sido por isso que senti aquelas cócegas nas coxas e na barriga enquanto acendíamos o lume, ainda antes da hora do almoço. Já o sabia. Uma parte de mim já tinha decidido e inclusivamente já se preparava para a ocasião. Recordo-me apenas dessas cócegas estranhas na barriga, como se só desaparecessem se as conseguisse coçar por dentro...

Deixámos o lume aceso naquele enorme lar e viemos para a beira do rio apanhar lenha. O rio Vez estava lindo naquela altura do ano. No verão costumávamos tomar banho numa das suas piscinas naturais, bem perto da pequena cascata, onde no Inverno pescávamos, mas naquele dia não. Almoçámos em casa do meu tio-avô, por cima da farmácia, onde a Genoveva nos dava o seu cozido rico, que mesmo em miúda sempre gostei e os seus charutos de ovos. Genoveva, minha querida Genoveva, só poderás ter ido para o céu, mas se não foste, se te barraram o caminho foi decerto pelo pecado dos charutos de ovos que tão bem sabias fazer e de como nos mimavas e apaparicavas, minha querida Genoveva...

Estávamos perto do Natal e eu tinha 16, quase 17 anos. Esse dia, já bem perto das festas era o dia que nos sobrava a sós. O dia de que dispúnhamos antes do corrupio que é o Natal nos Arcos. Por isso reservava-me para ali, para a casa da azenha, para aquele dia de Inverno. Até então já tinha experimentado muita coisa, mas continuava virgem. Pode-se dizer que dominaria a arte de gozar sem propriamente lhe chegar. Porquê? Porque sim. Porque não somos cães. Porque apesar de rebelde ainda e sempre serei fruto de séculos de educação judaico-cristã. Porque mesmo para ser rebelde nos têm de deixar.

Nesse dia contudo soube que era chegado a altura. Virgílio também o terá pressentido, uma vez que preferiu ficar comigo em vez de ir à vila, como sabia que ele havia combinado na véspera. Estávamos no fim da tarde, enroscadinhos numa enorme manta de lã bem perto da lareira, enquanto ouvíamos a água nos púcaros da azenha, a água do rio que corria… na verdade tinha passado a tarde toda com uma tesão absolutamente latejante. O quente da lareira, o som da água, o toque da lã, os abraços e a conversa, tudo, mas tudo mesmo descia por mim abaixo para se fixar ali, onde as cócegas eram cada vez mais intensas. Por várias vezes tive de me conter para lhe não cair em cima das calças, completamente desgovernada e sôfrega, como se só existisse aquele macho, aquele alto nas suas calças. Disfarcei o melhor que pude este meu ar de cadela com o cio, que na verdade me embaraçava, uma vez que não me apercebia que Virgílio estivesse, nem de longe nem de perto, em semelhantes condições. Ficámos naquilo uma eternidade, a mim pareceram-me uma eternidade todos os segundos em que lhe não enfiava a mão nas calças…

Quando dei por mim estava de pé, sem saber que fazer, mas de pé, nervosa, por me ter levantado. Sem pensar levantei a saia e disse-lhe, Lambe-me! Ele estava de joelhos e olhou-me. Como se demorasse uma vida e com receio que começasse a falar, disse-lhe com mais determinação e apontando com os dedos, Lambe-me aqui! Como não se mexeu, avancei de pernas meio afastadas e saia levantada, mesmo até à sua cara. Agarrei-lhe a cabeça e depois a nuca com força. Ouvi-lhe um gemidozinho e apertei-o com força. As mãos dele agarraram-me as pernas e senti-lhe a língua quente, a invadir-me profunda e demoradamente. Eu já era o Vez que ouvia correr lá fora. Fomo-nos reclinando até ele se deitar por completo e eu ficar sobre a sua cara de joelhos. Montei-lhe a cara, devagar e compassadamente. Senti que o inundava, a boca, o nariz. Dobrei-me e abri-lhe então um a um, lentamente, os botões das calças. Ainda estava a meio e já aquele pedaço de carne pulava na minha mão, contente por se apanhar liberto, ao ar livre. Apeteceu-me engoli-lo ali para sempre, mas deixei-me ficar apenas pela ponta, pela glande húmida.

Quando me quis levantar as minhas pernas tremiam. Deixei-me então descair para cima da manta, bem para mais perto do lume. Ele desabotoou-me a camisa e avançou para o fecho do meu soutien. Tinha-o surripiado à Ana, a minha irmã do meio, e era maior do que eu eventualmente precisaria, mas eu gostava de me ver reflectida peituda nas montras, de me espreitar de peito redondo e grande e sabia que os rapazes também. Ajudei-o no desaperto da coisa, sem sequer mostrar os dentes. Continuava capaz de varar mundo, pelo que não me era nada difícil fazer o ar de loba faminta de olhos meio fechados. Os meus seios saíram aos pulos, também contentes por estarem livres e até eu fiquei espantada com o seu tamanho. Parece que se tinham adaptado ao espaço livre da caixa do soutien. Vaidosa, reparei como os seus bicos apontavam o tecto, muito rosadinhos e rijos. Ele demorou-se a beijá-los, a medir-lhes o tamanho, a admirar-lhe as curvas e eu fiquei assim, quase adormecida.

Acordei com a sua voz grave a pedir-me suave, de uma forma que eu achei absolutamente encantadora:
- Abre as pernas Xaninha!
Não hesitei. Virgílio agarrou-me logo abaixo dos joelhos, enquanto me abria as coxas. Já sobre mim apontou-a, primeiro muito ao de leve, depois deixando-a entrar muito devagar, avançando com as mãos por mim acima só parando no pescoço que agarrou. Senti uma dor fininha, mas que se esvaiu quase de seguida. Beijou-me profundamente enquanto se empurrou até ao fim e ao cabo e assim ficou, como se continuasse a entrar sempre e cada vez mais, mas imóvel e de mãos no meu pescoço, agarrando-me com força e ao mesmo tempo com imensa ternura. Ergueu-se sobre mim e lentamente começou a mexer-se em vai e vem.
Não demorou tempo nenhum. Abri os olhos e reparei na cara dele, de uma intensa felicidade enquanto me olhava. Veio-se logo, aos sacões intensos e espasmódicos. Senti-o a vir-se, a latejar. Até senti o seu esperma inundar-me, coisa que hoje raramente sinto.

Não me vim, não nessa altura, mas não me importei absolutamente nada. Senti-me uma verdadeira mulher, agora no seu lugar de mulher, querida, bem amada e bem fodida, como toda a mulher deveria ser sempre.


in co-errância

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Uma coisa é sermos incoerentes. Não há mal nenhum nisso. Todos os grandes coerentes do mundo fizeram merda da grossa ou não chegaram a fazer merda nenhuma. Se há exemplo máximo de coerência que me lembre é o Adolfo. Esse mesmo, coerente até dizer chega, tão coerente tão coerente que acabou por ter de arejar a tola! A dele, a da sua Eva e ainda a da matilha dos acólitos mais chegados.

A incoerência é uma coisa típica de gaja e que me dá muito orgulho!
Essa necessidade perfeitamente normopata de dizermos sempre o mesmo, de não mudarmos de opinião, de estarmos ora só com Deus ou só com o Diabo irrita-me, aborrece-me, entedia-me. Aquele argumento do “Ah e tal, mas isso não me parece ser lá muito coerente!” enoja-me! E aí, verdade seja dita, nós fêmeas levamos claramente vantagem face aos machos!

Gosto de estar bem com Deus e com o Diabo.

Quando, em miúda, vim a descobrir que a minha mãe martelava por fora (agora já não tenho qualquer pejo em pôr a coisa assim!) fiquei piursa! Não por se tratar da minha mãe e não o meu pai, porque na verdade não sei se ele não aparafusaria por fora também, mas o meu pai era do tipo mais calado. Um sonso! E sabia fazê-las, pelo que não me admira nada que tenha sempre feito das suas e sempre nas barbas da minha mãe. A Gina, ou estaria entretida a disfarçar as cavalgadas, ou no alto da sua cagança de tia nunca conseguiu perceber verdadeiramente um caralho! Mas fiquei pior que estragada porque julgava, coerentemente, que isso não acontecia na minha família e muito menos com a minha mãe! Hoje, depois dessa experiência e de ter sido casada, (pronto, já disse!) não penso da mesma maneira.

Continuo a gostar do meu ex-marido e de vez em quando ainda nos encontramos para matarmos saudades um do outro. É o que se poderá chamar de “aproveitar ganhos de experiência”. Não sei se a actual mulher dele saberá, mas isso pouco me rala. Que importa se somos ou não do género manso quando somos corno!

Quando estive casada - e o casamento acabou porque acabou. Não teve a ver com sexo! Aliás se durou o que durou só pode ter sido porque sempre nos soubemos engalfinhar muitíssimo bem - nunca me preocupei com isso. Já tinha aprendido a lição com a minha mãe.

Muito bem, então e ao contrário do que apregoo por aqui, pode-se dizer que sou e terei então sido coerente! Pois sim, às vezes! Se formos sempre incoerentes somos o quê, senão coerentes? Mas deixemo-nos deste trivial e croquetes. Nem todas as tipinhas que o meu ex comia eram propriamente do meu agrado. Há que perceber a nossa cotação, a quanto estamos, quanto valemos, a como está o nosso broche, por exemplo! Se eu tiver em casa quem me realize, quem me leve sempre onde eu ainda não fui... ficarei cada vez mais longe do pão do 3.º esquerdo e arredo mais a possibilidade de ele me comer entre os vãos dos nossos andares. Bem, claro que eu sou sempre livre de pensar no tipo do 3.º, mas uma coisa é imaginá-lo a comer-me e outra bem diferente é eu mesma, a pular-lhe para a espinha... tadinho, ainda para mais é do tipo tímido (os piores!)

E depois convenhamos. Pensem no assunto. Se casamos com alguém é, em princípio, porque acreditamos que essa pessoa reúne um conjunto de características que não só consideramos importantes, como as bastantes para nos assegurarem tudo o que possamos querer ao longo da vida (bem sei da relatividade deste tudo!) Com essa pessoa construímos uma terceira e ficamos três: O nosso eu, o outro e a tal terceira pessoa a que chamo Nós e que é a pessoa mais importante nessa relação. Portanto se já vamos ficar com essas duas pessoas para o resto da vida, e ainda para mais só com uma delas é que temos sexo (o sexo que faço comigo própria não conta para este efeito, embora se possa dizer que é um amor verdadeiro, porque gosto muito, mas mesmo muito de mim!) não acham que é uma grande seca não podermos ter sexo com mais ninguém?

Nada se altera quanto ao que sentimos pelo eu e ao que sentimos pelo outro. Mas uma coisa vos garanto. Essa terceira pessoa, o tal Nós, ficará certamente a ganhar!


Maria, a purificadora

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Muito bem. Assentes que estão meia dúzia de coisas já posso voltar. De vez em quando preciso de me ausentar. Espero que me não levem a mal, mas preciso de viver. De respirar. Esta coisa dos computadores e dos blogues é claustrofóbico, mas ao mesmo tempo paradoxalmente libertador.

E se começasse mesmo pelo princípio?
Bem diz o tau-tau e com muita razão. “Uma feminista daquelas que não foi violada aos 7 anos por um familiar, que não foi assediada por todos os patrões que teve, que não teve só namorados que a trocavam pelo Benfica e que não acabou a viver sozinha com depressões periódicas a sonhar que fode.” Apenas uma pequena correcção querido Karloos: Não sou feminista. Aliás acho essa treta do feminismo uma grande fantochada. Umas mal ou nunca verdadeiramente fodidas é o que elas são, tão dignas da sua importância como todos os machistas, se bem que estes ainda me conseguem desapertar um ou outro sorriso complacente.

Mas aqui vamos,

Canto os combates a esse herói que, antes de nenhum outro…
(um doce a quem adivinhar de onde sai este princípio!)

Estava no princípio. Ora naquele dia, seria Verão? Talvez Primavera, não interessa…estava calor. Era um daqueles dias em que acordamos e a manhã já se instalou completamente. Abri a janela e senti na cara e nos cabelos o ar morno dos dias felizes. O sol brilhava lá fora e invadia-me os lençóis. Assim me deixei ficar naquela moleza.

Aproveitava a minha cama, o meu quarto. Regressara a casa há dois ou três dias e pela frente estavam uns meses de férias, limpinhos e sem ossos! Deixei-me ficar a sentir a manhã, o sol, a vida a subir-me lentamente pelas pernas. Não sei se terei adormecido, apenas me recordo de sentir uma imensa vontade de me tocar. Se adormeci sei que acordei já a acariciar-me enquanto a janela aberta deixava entrar uma suave brisa. Lá em baixo, no pátio da minha casa, ouviam-se os amigos da minha irmã do meio, que com ela combinavam os preparativos da viagem que se aprestavam para fazer. Continuei a acariciar-me agora já mais localizada. Fechei os olhos e concentrei-me. Ouvia nitidamente a voz de V (vou chamá-lo de V., v de Virgílio por exemplo).

Virgílio era um tipo alto e magro, simpático, meio tímido e de gargalhada fácil. Não era nenhum Cruise ou mesmo Baldwin (esses eram os meus príncipes na altura!) mas tinha aquela aura que nos fazia desejar perdermo-nos com ele em qualquer lado, fugir, conhecer mundo… Virgílio tinha um timbre grave, que ecoava pelo pátio, ricocheteava no tecto do meu quarto e tocava-me exactamente ali, no biquinho da minha lolinha. E era ele que o estava a fazer ali por mim. Tinha a certeza que era ele. Foi assim, a ouvi-lo bem dentro dos seus graves que tive o primeiro orgasmo a sério. Tinha 11, 12 anos não mais. Descobri que na minha mão repousava um poder fabuloso, o orgasmo.
Uma das maiores fontes de energia do universo estava ali, entre as minhas pernas e ao alcance de um dedo.

Até aquele dia apenas tinha tido pequenas aproximações de um verdadeiro orgasmo. Assim umas mini sensações, uns miniorgasmozinhos, um género de orgasmos anões, daqueles que não crescem, irrequietos e fugidios, que desaparecem. Depois, por mais que os procuramos nos sonhos de onde eles nos saíram não os encontramos!

Até esse dia (e não! Aquilo que acabara de sentir nao era... seria bastante mais do que um sonho!) ou eram umas calças de homem que inexplicavelmente e num dado momento ganhavam vida... ou apenas aquele beijo e uma festa furtiva que tinham ido directamente à casa-partida... ou seja, era algo pouco definido e não controlável que eu sentia de quando em vez.

Mas nesse dia não! Essa manhã fora diferente. Desse dia em diante e durante o ano que se seguiu não mais parei de brincar com aquele brinquedo. Masturbava-me todas as noites, depois de apagarem as luzes. E só adormecia quando me vinha. Esperar pela noite e pela cama não me chegava e passei a fazê-lo onde calhava. Acariciava-me várias vezes por dia e procurava sempre locais diferentes.

Recordo-me de uma das vezes, de ter saído em plena aula de Latim, para vir ao quarto de banho. Líamos um texto qualquer que me desatou a imaginação para Roma, para os romanos, para as suas túnicas e...
- Madre, posso ir ao quarto de banho?
A Madre sem interromper a leitura, a anuir que sim com a cabeça, enquanto retorcia a boca em sinal de desaprovação e eu a tremer as pernas, como que a explicar-lhe que de outra forma fazia ali mesmo.

Dessa vez e talvez porque me ficou na cabeça um Tulius ou um qualquer César todo bem posto, foi fácil! Saltei para um orgasmo em poucos segundos. Como fui muito rápida continuei. Só mais um bocadinho, pensei. Então e quando estou quase a montar o segundo senti um imenso esguicho a rebentar-me, a subir e a escorrer pela porta. Não me contive e soltei um gritinho que abafei logo de seguida. Seria o quê? Chichi? Mas eu não tinha vontade nenhuma! Não me parecia nada chichi. Por via das dúvidas e porque tinha ficado muito perto to cume, continuei a escalada.

Finquei os pés bem no chão, flecti as pernas, puxei melhor a camisa e a saia para debaixo do queixo e espreitei-me enquanto me tocava sofregamente. Foram apenas uns segundos e aí senti e vi claramente que não seria chichi. As minhas pernas escorriam, a porta em frente escorria e eu esguichava-me num jacto quente meio intermitente. Tive de parar senão desmaiava. Recuperei aos poucos enquanto me deixava ficar ainda ofegante, a observar os despojos e o estado em que me encontrava, de soquetes e de sapatos todos molhados. A meio da aventura já não era um Tulius mas era antes o meu Virgílio, que envergando uma túnica branca me tinha acabado de me empurrar com o seu doce pauzinho de todas as maneiras e feitios.

Só voltei à sala depois de lavar a cara. Sentia-me vermelha como um pimentão. No regresso a Madre a perguntar-me se me sentia bem e eu a dizer-lhe um,
- Mais ou menos Madre, mais ou menos…

Lembro-me de, nesse dia e no recreio, tentar contar essa coisa espantosa de me tocar e de nem chegar a entrar na parte de me ter vindo, porque uma das minhas amigas me disse muito pronta que o pai lhe teria dito que,
- (...) e mexer no pipi é pecado capital e vai-se direitinha para o inferno!
End of conversation.

Eu fui educada pela moral católica, sempre muito católica, apostólica e romana, aliás como todas as minhas irmãs, e num colégio de freiras! As freiras, talvez já por conhecerem as minhas duas irmãs mais velhas, sempre condescenderam muito comigo, Era de família! como dizia a Madre, com aquele ar sério que nunca encontrei em mais lado nenhum. Davam-me assim algumas regalias, como por exemplo poder estar na cozinha (talvez por já terem experimentado os genes das minhas irmãs. Eu, tal como elas, vencia-as pelo cansaço!) e na cozinha “vivia” a Maria da Purificação. Nunca mais soube nada dela coitada, mas não fará mal usar este nome, uma vez que não é o seu nome verdadeiro. Não é o seu nome civil, mas antes o nome de casada, o nome que adoptou depois do seu matrimónio com o Senhor. Se calhar por esta altura até já se terá divorciado!
A Purificação, como a chamávamos, já que Marias eram todas, era uma freira especial. Não lhe sei definir a idade porque na altura toda a criatura mais velha que eu, era muito simplesmente uma velha. Mas lembro-me de a ver muito redondinha na sua camisinha de algodão (as freiras nunca despem a camisa de algodão que trazem debaixo das dobras encapeladas dos seus hábitos) e de mãozitas papudas a lavar-se e a descolar do corpo a camisa, enquanto me mandava virar a cara para a não ver em poses de miss freira molhada.

A Purificação era uma freira diferente. A Purificação não me dava logo com os sermões da carne e de como se não deve observá-la e por aí fora. A purificação funcionava assim como a conselheira de serviço ao convento. Com ela podíamos confessar tudo, que a sua cara não se abria. Não lhe ouvíamos nem responso nem receituário em forma de salvé rainha, muito pelo contrário, tratava-nos como umas crescidas que não éramos, mas que ao pé dela nos tornávamos.

Lembro-me então de lhe atirar de chofre com,
- A Purificação sabe que se fizermos assim muitas festinhas na lolinha sentimos uma coisa boa a crescer, que nos adormece os lábios, que nos faz babar, que nos entorpece…
E eu continuava por ali numa descrição tal que até a mim própria surpreendia, quando ela cortou com um,
- Basta rapariga, que bem sei o que dizes!
Seguiu-se um pequeno silêncio em que pensei que a Purificação me ia dizer qualquer coisa dura, muito dura, mandar-me sair do quarto, tal era a cara feia que fazia enquanto me olhava. Depois, já mais calma mandou-me encostar a porta (as portas estavam sempre abertas em constante desafio de provação) vestiu-se e meio de lado disse-me,
- Xaninha, tu já não és uma menina. Tu és uma mulher. Aquilo que me contas é que já serás uma verdadeira mulher. Uma mulher…
Eu, vendo-a claramente abalada perguntei,
- Mas Purificação, fazer festas será pecado? Purificação olhou-me então bem nos olhos e sorriu. Aproximou-se de mim e disse-me,
- Não filha, não é pecado fazeres festas a ti mesmo. Pecado seria se o não fizesses!
- E o Inferno? Acrescentei, mas já ela atalhava,
- Olha Xaninha, tu já és uma mulher e essas coisas nós, as mulheres, não as andamos por aí a espalhar aos sete ventos. Guardamo-las só para nós numa caixinha que é só nossa! Não digas a mais ninguém é o que te peço. Nem que me disseste o que acabaste de dizer, nem que eu te disse aquilo que tu agora mesmo ouviste. Ficará um segredo só nosso, que cada uma guardará na sua caixa… e quanto ao inferno Xaninha, não te preocupes com ele... O inferno Xaninha! O inferno somos nós!

Nesse dia fiquei a saber que as minhas festas na lolinha não eram pecado algum, mas que dessa circunstância mais ninguém no mundo podia saber!
Também percebi que a irmã Maria da Purificação, além de alimentar bem o corpinho como se notava, também nutria muito bem o espírito, a fartas pratadas de Sartre.


Carta da Lolinha ao Pai Natal

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Caro Pai Natal,

Antes de mais quero que saibas que estou aqui por interposta pessoa, ou melhor por interposta entidade, já que e na verdade ela não é bem uma pessoa, embora tenha vontade e seja muito independente. É exactamente por causa dessa vontade, dessa enorme vontade e independência que eu aqui estou metida nestas epístolas. Como te dizia não é para mim, mas para ela, para essa entidade, que sendo ostensivamente analfabeta me pede então, aliás, me manda escrever-te esta pequena missiva, que eu espero que consideres, senão ninguém a atura!

Eu chamo-me Susana Isabel e estou a agir em nome da minha Lolinha…
Bem, imagino que não saberás quem é, mas eu temo não te poder avançar muito mais sem correr o risco de ser escabrosa. A minha Lolita é a minha coisa, entendes!?
Bem, com as letras todas então para que te não restem dúvidas, nem sobre o remetente nem sobre a morada de envio, caso entendas satisfazer-lhe o pedido.

A Lolinha é uma c-o-n-a! A minha!

E o «pedido» que ela me dita é o seguinte:

Querido Pai Natal,

Tendo fama de satisfazer os desejos dos mais pequenos, desde que bem comportados, entendi, sendo eu pequena e bem comportada, endereçar-te este meu humilde pedido.

Bem vistas as coisas e por eu ter sido muito bem comportada este ano é que te estou aqui a escrever esta carta.

Pai Natal, tu sabes como eu me tenho coibido de fazer a cabeça da minha dona. Só tu sabes as vezes em que tendo oportunidade de me encontrar com os meus amigos pilocas, nada, mas mesmo nada lhe tenho dito. Nem o mai pequeno sinal. Nada! Eu não palpito, eu não me molho, eu não salto, nada! Permaneço imóvel e impassível qual guarda Suíço.
E olha querido Pai Natal que não tem sido nada fácil. Tu bem sabes que a Susana Isabel não é propriamente uma santa. Está sempre fisgada naquilo!
Mas este ano nem por uma só vez fui cúmplice dessa sua voracidade. Não existiram festinhas nem lambidelas, tirando as regulamentares e sempre tudo no mais perfeito juízo, sem nunca a tirar do sério, nem por uma só vez! Assim e como tenho sido uma passarinha muito bem comportada durante todo este ano peço-te apenas um só desejo. Não sou exigente nem sou sequer espalhafatosa.
Lá pela consoada, ou mesmo antes, se te der jeito e ficar em caminho, podias-me dar um destes.
Lolinha

ps. junto fotografia para não te enganares no modelo.

Ora a minha lolita juntou imagem. Tudo perfeito! Não fosse o género de imagem que ela juntou e um outro piqueno pormenor: Este blog não é dela mas sim meu, e disso não abro mão! Naturalmente que compreendo que a minha lolita entenda detalhar o mais possível o"objecto" (tão) desejável! Mas meus amigos, a fotografia que eu limpei daqui, se por um lado não ultrapassava o mais elementar imperativo da moral, po outro esbodegava estrondosamente os mais estritos parâmetros da normalidade. Fui obrigada a retirá-la embora a guarde para uma situação de necessidade. A si leitor, que tão pacientemente aqui chegou, agradeço que veja por aqui algures, um exemplar bem servido (nunca o tamanho do pincel terá feito a obra de arte!) do famigerado órgão. Se lhe tocar ele cresce, mas espero que o não incomode.


Animal é bom!

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Apesar deste começo nesta coisa de blogs, meio à bruta e empurrada por uns grelitos tontos que não tendo mais nada para fazer lambem a 2.ª série do Diário desta República, e não me admirava nada que fosse em busca de concursos, acho que vou aproveitar a deixa e seguir em frente.

Antes uma palavra, de obrigada, ao João do Turno da noite, pelo seu gentil convite, mas que tive de declinar. Confusões mesmo só em matéria de alcofas. No resto das coisas sou muito, mas mesmo muito certinha e a página dele é isso, muito certinha, não vai além de um salpicozito de um merda aqui ou ali. O meu dicionário apresenta muitos mais verbetes, mais entradas e é muitíssimo mais completo. Por outro lado sinto que tenho um autêntico couraçado a emergir-me do peito. Com a quilha do Potemki a sair-me por entre as pernas, aquele não podia ser o meu estaleiro, o meu porto. Eu preciso de águas profundas. Tenho carta de patrão de costa mas não podia correr o risco de me instalar e de lhe abalroar o blog, de o ofuscar ;). Por isso vou por aqui, embora não saiba ainda muito bem por onde.

Apesar de uma ou outra trica, devo dizer que apesar de tudo me considero uma boa rapariga, uma gaja às direitas. Não tenho qualquer espécie de religião, mas tenho uma moral, a minha moral. Tal como os meus princípios e os meus fins. E uns normalmente servem os outros e vice-versa.;)


Nasci para foder. Digamos que encaro essa capacidade ou habilidade como um dom, um dom que a vida me deu, mas que me fui encarregando de aperfeiçoar.

Lembro-me de quando tinha pouco mais de 15 anos. Estávamos no Verão e era agradável sentar-me com o A. à noite no alpendre, às escuras a falar com nossos amigos. Sentava-me ao seu colo sem mais nada por baixo do vestido e enfiava-o enquanto ele, atrapalhado ia balbuciando uns sins meio frouxos e eu ia rindo e prolongava a conversa. Ele sempre meio parvo a apertar-me a cintura e eu a ajeitar-me quase constantemente. Foi nessa altura que me apercebi do quanto gostava realmente de foder. Fodia (e fodo) onde queria e o gozo está precisamente aí.

Quando conseguia que um dos meus namorados fosse lá a casa gostava de o foder na sala, diante da minha avó, cuja vista já não estava famosa. Era, como eu gostava de dizer, o desafio do silêncio. Foder em silêncio, sem ais nem uis, sem movimentos bruscos. O televisor então aumentava o volume no momento certo! Se ia dançar e começava a aquecer, aproximava-me do balcão por exemplo e agarrava no telefone. Numa ocasião telefonei à C., enquanto o puxava abria as calças e o enfiava. Ao mesmo tempo ia relatando à C. o que estava a fazer (ela adorava fazer-me o mesmo) mas isso deixava-o completamente maluco. Era como se fosse dono do meu corpo e não pudesse ir além do normalmente proibido. Os homens estão habituados a dominar a situação. Normalmente os homenes são mais afoitos e elas são meias sonsas, todas sempre ... meu maroto, olha que nos vêem, pára já te disse! Olha que nos vêem! De maneira que quando um homem apanha uma que lhe come o coiso no jantar de Natal, ou que quer ser comida por trás no meio da pista da disconight, aqui del rei que a gaja é maluca! É ninfomaníaca, apressam-se a rotular. Assim saiem-se melhor. Digo muitas vezes que se eu tivesse metade da garganta de muito macho latino que por aí se passeia, a Linda Lovelace não passaria, à minha beira, de uma menina de coro de igreja!

E eu então ao telefone a contar à C. que agora saboreava o que parecia ser puré de batata, com cenouras, alho francês, ao mesmo tempo que entornava metade do safari.

Acho que tenho um prazer muito especial em fazer um bom pau debaixo do nariz dos outros. Acho divertido e mais ainda se não pensarmos que estamos a foder. No metro por exemplo, em hora de ponta. Ainda há dias regressava da baixa com o J., que conheci nesse dia embora já nos tivéssemos correspondido várias vezes, e virei a saia para a frente. Puxei-o para mim a pretexto de deixar passar alguém, peguei-lhe na mão e larguei-a na minha lolita (a minha cona! Chamo-lhe assim há muito mas isso é história comprida. Um outro post quando estiver para aí virada!), que entretanto já escorria como que por magia. Reparei no ar espantado dele a olhar em volta, primeiro receoso depois mais afincado, a querer beijar-me. Eu em bicos dos pés para que ele me chegasse melhor e ele ligeiramente marreco. Eu a querer ver a cara dele! Só nos afastámos quando o metro já se aproximava do fim da linha e já estava meio vazio. Este J. atrapalhado outra vez, quando no dia seguinte e novamente no metro (acho que terá passado o dia todo a pensar nisto) lhe tiro o pirilau cá para fora e o aninho com as duas mãos, como se fosse um pinto. Primeiro mole e quentinho, para logo de seguida ficar duro e teso, capaz de varar alguém. Então virei-me de costas para ele enquanto lhe deixo as alças da mala penduradas no coiso, como um cabide. A cara dele!

Outra que adoro fazer é falar enquanto fodo. Já conheci quem comesse tremoços. Eu não, eu gosto mesmo é de falar enquanto fodo porque isso me dá um enorme prazer. Dizer coisas. Mas gosto principalmente de estar a foder com alguém e quando sinto que ele se está quase a vir desatar a contar como faço, com outros. Como se excitam, do que gostam que se lhes faça. Se os têm grandes, largos, compridos… Gosto de relatar os pormenores, todos, como se ditasse um manual de utilização ou de boas práticas como se usa agora dizer. Quando eles reclamam que estou com eles e não com outros eu digo-lhes que estou com quem quero e não é pelo facto de estar escarranchada a espremer um que não estou com outro a quilómetros, a sentir-lhe o cacete ali, bem enterradinho! Os homens gostam de foder, pois algumas mulheres também e não há mal nenhum de não se amar quem se fode! E se falar me aumenta o gozo porque não? Seria horrível se tivesse de foder sempre o mesmo tipo. Juro que não entendo as tipas casadas, que nunca por nunca, vão além dos próprios dedos ou da imaginação. Foder sempre o mesmo cansa! Eu sei como é apesar de ter tido sempre vários! E depois é muito agradável ser fodida por alguém que nem se conhece. Às vezes é a única maneira de se ser bem fodida, de foder a sério! Não há cá rotinas, nem números de telefone, bilhetes e emails.
Não há discussões, é assim, e é animal. É bom.


não seja corte!

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Ora se aqui chegou ou é porque vem distraído ou porque deu por mim no Anónima. Deixe-se ficar e desfrute. Chamo-me Susana Isabel, trabalho em conteúdo no Ministério e tenho muito, mas mesmo muito lhe para contar…

Isto vinha então a propósito de um corte de cabelo. Que horrível que eu estou, como vou fazer amanhã? E eu então aconselhava:

Tenho uma sugestão quanto ao como aparecer no escritório amanhã: NUA!
Exactamente minha amiga! Toda nua! (há que saber aproveitar as oportunidades que a vida nos dá!) Mas experimente uma gabardina escura. Aconselho igualmente botas pretas com salto e cano alto, de couro!

Garanto-lhe que assim que pendurar a gabardina, ninguém reparará no seu cabelo!

Depois sempre poderá aproveitar para dar asas à sua mais recôndita imaginação e espraiar-se languidamente pelas secretárias das colegas e dos colegas, demorar-se nos cabides, nos quais (e só lhe fica bem) poderá sempre ensaiar arrojadas cavalgadas sexuais. Para o efeito deverá fazer mexer o cabide em movimentos alternadamente ascendentes e descendentes, devagar e da forma mais suave que a sua condição física o permitir, enquanto flecte ligeiramente as pernas e balança sobre a cabeça o braço que não agarra o cabide, soltando pequeninos yupiiiiies, de preferência roucos e esganiçados – a ideia é criar um primeiro impacto que não apenas os distraia do estado do seu cabelo, mas que lhe permita retirar desse facto algum proveito! E já dizia um nosso governante, de que agora não lhe recordo o nome, «só temos uma primeira oportunidade para causar uma primeira boa impressão!»

Depois desta pequena manobra – e nesta altura já deverá ter conseguido reunir todas as pessoas que trabalham no seu escritório (a demorar-se um pouco mais, garante inclusivamente a presença de todos os colegas em situação de baixa prolongada) deverá então passar à segunda fase, isto é ao verdadeiro ataque: Como está a sua organizational awereness? A sua compreensão organizacional? Não percebe? Sabe quem é que corta o bacalhau!? Quem manda? (Irra senhora, que é preciso explicar-lhe tudo!) Sabe!? Pois bem, é então chegada a hora de o(a) laçar, ora pela gravata (tratando-se de espécimen masculino) ora pelo pescoço (se for uma sua congénere) e logo espetar-lhe um valente linguado. Depois há que arrastá-lo(a) bem para o meio do auditório (uma sala de reuniões também serve). No caso de se tratar de uma chefa, não preciso de lhe explicar muita coisa. Olhe bem para si, recorde-se das suas fantasias mais selvagens e trate de as concretizar no corpinho da dita. Vai ver como se divertem! Se para o efeito tiver de usar mais colegas, eles agradecem. Ainda não encontrei uma só mulher que não tivesse já sonhado estar com dois ou três homens ao mesmo tempo. Nisso devemos ser iguais a eles, mas temos mais vergonha de o confessar à primeira, ao passo que eles, se calha a lhe perguntarmos pelas fantasias atiram logo com as dos broches bem feitinhos por um lado e duas ou três ao mesmo tempo!
Se for um chefe então o caso fia mais fino. Não lhe vou descrever um fellatio (por estafa menina, apenas por estafa!) mas se o fizer, ao fellatio, engula! Não se mostre enojada, não fuja! Quando for o momento deixe-se ficar, feche ligeiramente os olhos, abra a boca e deixe que o jacto a atinja bem no céu! Deixe-se ficar bem até ao fim, até ao passar de todas as letrinhas pequeninas e só depois se levante. Avance uma última vez e limpe-o suavemente. Depois acondicione-o comodamente para uma segunda oportunidade.

E pronto! O que acaba de ler minha amiga é uma receita infalível para uma fulgurante promoção, um verdadeiro trampolim para o estrelato! Garanto-lhe um Natal bem mais solto e feliz! E tudo com um simples corte de cabelo, já viu?

Ainda lhe acrescento, à laia de moral da história, uma verdadeira lição de gestão, que não me canso de aplicar no meu Ministério. Transformar em força a fraqueza!


Da Etiqueta e merdas que tais, ou como tu para mim não és um terceiro

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A propósito do tu e de tratarmos os nossos pais por tu.

Meus pais, além de nos tratarem à distância da terceira pessoa do plural, toda a vida se trataram na reverência da respectiva terceira pessoa do singular, de cada um deles!

Era o meu pai “E a Gina é uma isto e a Gina é uma aquilo…” referindo-se à minha mãe mas enquanto falava com ela, ao que a minha mãe costumava responder “E o António devia … e o António não pode… e se o António fosse realmente homem…” e por aí fora.
Este tratamento sempre me foi relativamente incómodo e estranho até certo dia.

Em certa ocasião, já eu era bem crescidota, voltava para casa em noite de Sexta-feira porque mandei às malvas o tipo com que ia passar aquele fim-de-semana. Entrei em casa sem me aperceber que o fazia silenciosamente. Só nesse instante me terei apercebido que os meus pais não contariam comigo em casa nessa noite. Nem comigo nem com os meus irmãos, que deviam estar todos na Quinta do Magoito. Isto porque dei em ouvir uns barulhos surdos, lá para o fundo do corredor. Pareciam vir da cozinha. Aproximei-me por entre a penumbra, muito devagar e sem ruído. A porta estava entreaberta e o que se deixou ver foi o suficiente para por ali ficar, de movimentos e respiração completamente suspensos.

A minha mãe, arregaçada até ao pescoço, estava completamente escancarada sobre a mesa da cozinha, à qual se agarrava, como se esta lhe fosse fugir (recordo-lhe os dedos da mão direita a reluzir de cachuchos) enquanto o meu pai, de joelhos entre as pernas dela a lambia sofregamente, aos solavancos que ela ia acompanhando entusiasmada arqueando todo o corpo. E o meu pai então gemia “Giiiina, diga-me que gosta, mostre-me quanto quer que eu lhe chegue. Suplique-me que a foda, supliiiiique Giiiina!!” e a minha mãe (eu boquiaberta!) “Foda-me Antóóóónio, venha-se dentro de mim, mas não António, não paaaaare António, continueee!” E isto foi toda uma nova dimensão que se me deixou antever em resultado desta visão furtiva.

Apercebi-me de como o tratamento na terceira pessoa funcionava! Com o tratamento na terceira pessoa, ninguém, mas mesmo ninguém, seja em que circunstância for, perderá verdadeiramente a sua dignidade e compostura! Mesmo que grite como uma loba e se lhe vislumbrem distintamente dois dedos no cu.


Eu digo-te o que é que a Susaninha vai fazer!

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A animosidade contra a sujeita M.Rita não é nem despropositada nem gratuita! Esta dona puta constipada soube chapar o anúncio do Diário da República com a minha nomeação, insinuando biscates, mas não apresenta qualquer pejo em confessar a sua alta produtividade!

O texto que se segue foi deixado numa das portas traseiras do Sociedade Anónima, a propósito dessa tão produtiva M.Rita, que chegada às Sextas areja a pevide e nada mais faz que não sejam mails e telefonemas, pessoais!

Pois é caríssima M.Rita! Mas enquanto enleia seus joanetes, já decerto inebriada no fecundo odor antecipado do fim-de-semana, a tal de Susanita, a do post lá de baixo, sabe? Aquela de 2.ª Série para assessorar o Ministro - que tanto comentário jocoso gerou - entranha-se agora mesmo, não só de alma mas igualmente de corpo, num fragor de peleja na senda do respectivo conteúdo ... e quanto a isso minha cara, nicles! Não leio nem uma linha. Nada!

Mas já quando se trata de insinuar, insinuar não, afirmar mesmo, que outras que não vós, por aí andam em actividades ditas de biscate, então tudo bem, que se solte a verve.

Espantosamente e chegada a Sexta-feira, recolhe V.Exa. o seu neurónio e «não me chateiem que me doem os pézes!»

Esquece assim esta moura, que dedicada e produtiva, labuta vorazmente nas veredas e atalhos em busca do almejado conteúdo do Ministério (e mais! Ajoelhada onde calha, em qualquer tapete ou carpete! Se bem que, verdade seja dita, felizmente cá no Ministério só há persa de Isfahan para cima). Mas porventura julga ser fácil!? Cogita ser pêra doce!? Redondamente enganada.

Os soldados, vá-se lá saber porquê, preferem o arroz à retórica e nisto de se escrever sem se saber do quê, tem como se vê, seus comprovados méritos.

Pois assim vos digo, minha cara M.Rita. É que apesar de puta como tão bem soube adivinhar, ainda guardo e velo o meu código de honra – pois assim vos digo, fêmeas da Sociedade e restantes babados em geral, que a coberto do anúncio oficial em questão, se encapota uma verdadeira e filantropa missão de cariz patriota.

Às ocultas de todos e nessa singela menção de diário da nação, se arquitecta uma estratégia de filigrana, porém sólida, mas da qual não resisto, porque acicatada (!), em desvendar uma sua pequeníssima orla. Apenas somarei ao meu gozo (de que falarei adiante) este singelo proveito que é, tão só, esfregar-vos nessas fuças agora pasmadas, de rugas e papos de filharada, este tão portentoso segredo:

Fui encarregue, pelo próprio titular da pasta, da missão de reformar a justiça!

Exactamente ó saloias! Ouviram bem. Reformar toda a justiça. E como? Perguntar-me-ão vocês em uníssono, depois de fecharem essas cloacas escancaradas.

Ora, começando já se vê! Primeiro no próprio Ministério, num insight de furacão, mas logo de seguida nos próprios tribunais, e estes já estão agendados. Há muito magistrado por esse país fora a necessitar de motivação.
De seguida, lá para fim do ano que vem - não esquecer de verificar a calendarização - será a vez dos órgãos da polícia. Todos. Ainda há algumas dúvidas sobre a extensão deste projecto - se esta primeira fase cumprir os milestones desejados, tenho logo de seguida as Forças Armadas. Os três ramos! Até já assinámos a minuta de adjudicação de extensão.

E isto tudo por via da força oral. Não, não é verbal! É mesmo oral. Caso ainda não tenham descortinado a que me refiro, eu passo a explicar:

Cada felattio - leia broche quem não está familiarizado com o étimo erudito - a que tão briosamente me dedico é, pela sua qualidade de execução e cuidados de acabamento, uma pedra, verdadeiro lioz no edifício da vontade de reforma, que urge edificar.

Cada fellatio a que pressurosa e industriosamente me entrego é, sem lugar para falsas modéstias, um novo alento na capacidade de produção, em prol da justiça e do país, que se opera no dono do órgão sofregamente desgastado.

Cada broche que faço, minhas queridas, é para o radiante possuidor dessa pila, que decoro a saliva e gestos de língua, o inesperado encontro com uma excursão de suaves mas picantes anjos de seda e caril, numa revelação de verdadeiro jardim das delícias. E ao ritmo a que tão cabalmente tenho devorado os ditos, sou eu que vos digo:

A tão esperada reforma não tardará!

Mas de tal forma me dou com fervor a esta minha missão, que me não contenho e gozo mais do que me tinha inicialmente permitido - noblesse oblige! Quando não me venho, apanho-me palpitante e ensopada, a arder em desejo pelos corredores do Ministério, sempre à cata de mais um, de mais carne que me mate este animal.

Daí o desdém, voltando à vaca fria, que me merece quem, não se coibindo de lesta referir outrem - que ao contrário se ajoelha a labutar - vê chegada a Sexta para os joanetes arejar, pedindo descanso e repouso como se estes lhe fossem devidos! Uma mais que julgará casar, rica para gozar. Marido abstado, luxo de casa, filhos com sopeira e cupê e assim não sabe o que é, dar no duro e pelos vistos merecer, achincalho, impropério,
chamar-se Susana Isabel,
dar-se no Ministério e tão pouco ou mesmo nada ter.


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