nem tudo o que sabe bem faz mal ou engorda



Carta da Lolinha ao Pai Natal

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Caro Pai Natal,

Antes de mais quero que saibas que estou aqui por interposta pessoa, ou melhor por interposta entidade, já que e na verdade ela não é bem uma pessoa, embora tenha vontade e seja muito independente. É exactamente por causa dessa vontade, dessa enorme vontade e independência que eu aqui estou metida nestas epístolas. Como te dizia não é para mim, mas para ela, para essa entidade, que sendo ostensivamente analfabeta me pede então, aliás, me manda escrever-te esta pequena missiva, que eu espero que consideres, senão ninguém a atura!

Eu chamo-me Susana Isabel e estou a agir em nome da minha Lolinha…
Bem, imagino que não saberás quem é, mas eu temo não te poder avançar muito mais sem correr o risco de ser escabrosa. A minha Lolita é a minha coisa, entendes!?
Bem, com as letras todas então para que te não restem dúvidas, nem sobre o remetente nem sobre a morada de envio, caso entendas satisfazer-lhe o pedido.

A Lolinha é uma c-o-n-a! A minha!

E o «pedido» que ela me dita é o seguinte:

Querido Pai Natal,

Tendo fama de satisfazer os desejos dos mais pequenos, desde que bem comportados, entendi, sendo eu pequena e bem comportada, endereçar-te este meu humilde pedido.

Bem vistas as coisas e por eu ter sido muito bem comportada este ano é que te estou aqui a escrever esta carta.

Pai Natal, tu sabes como eu me tenho coibido de fazer a cabeça da minha dona. Só tu sabes as vezes em que tendo oportunidade de me encontrar com os meus amigos pilocas, nada, mas mesmo nada lhe tenho dito. Nem o mai pequeno sinal. Nada! Eu não palpito, eu não me molho, eu não salto, nada! Permaneço imóvel e impassível qual guarda Suíço.
E olha querido Pai Natal que não tem sido nada fácil. Tu bem sabes que a Susana Isabel não é propriamente uma santa. Está sempre fisgada naquilo!
Mas este ano nem por uma só vez fui cúmplice dessa sua voracidade. Não existiram festinhas nem lambidelas, tirando as regulamentares e sempre tudo no mais perfeito juízo, sem nunca a tirar do sério, nem por uma só vez! Assim e como tenho sido uma passarinha muito bem comportada durante todo este ano peço-te apenas um só desejo. Não sou exigente nem sou sequer espalhafatosa.
Lá pela consoada, ou mesmo antes, se te der jeito e ficar em caminho, podias-me dar um destes.
Lolinha

ps. junto fotografia para não te enganares no modelo.

Ora a minha lolita juntou imagem. Tudo perfeito! Não fosse o género de imagem que ela juntou e um outro piqueno pormenor: Este blog não é dela mas sim meu, e disso não abro mão! Naturalmente que compreendo que a minha lolita entenda detalhar o mais possível o"objecto" (tão) desejável! Mas meus amigos, a fotografia que eu limpei daqui, se por um lado não ultrapassava o mais elementar imperativo da moral, po outro esbodegava estrondosamente os mais estritos parâmetros da normalidade. Fui obrigada a retirá-la embora a guarde para uma situação de necessidade. A si leitor, que tão pacientemente aqui chegou, agradeço que veja por aqui algures, um exemplar bem servido (nunca o tamanho do pincel terá feito a obra de arte!) do famigerado órgão. Se lhe tocar ele cresce, mas espero que o não incomode.


Animal é bom!

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Apesar deste começo nesta coisa de blogs, meio à bruta e empurrada por uns grelitos tontos que não tendo mais nada para fazer lambem a 2.ª série do Diário desta República, e não me admirava nada que fosse em busca de concursos, acho que vou aproveitar a deixa e seguir em frente.

Antes uma palavra, de obrigada, ao João do Turno da noite, pelo seu gentil convite, mas que tive de declinar. Confusões mesmo só em matéria de alcofas. No resto das coisas sou muito, mas mesmo muito certinha e a página dele é isso, muito certinha, não vai além de um salpicozito de um merda aqui ou ali. O meu dicionário apresenta muitos mais verbetes, mais entradas e é muitíssimo mais completo. Por outro lado sinto que tenho um autêntico couraçado a emergir-me do peito. Com a quilha do Potemki a sair-me por entre as pernas, aquele não podia ser o meu estaleiro, o meu porto. Eu preciso de águas profundas. Tenho carta de patrão de costa mas não podia correr o risco de me instalar e de lhe abalroar o blog, de o ofuscar ;). Por isso vou por aqui, embora não saiba ainda muito bem por onde.

Apesar de uma ou outra trica, devo dizer que apesar de tudo me considero uma boa rapariga, uma gaja às direitas. Não tenho qualquer espécie de religião, mas tenho uma moral, a minha moral. Tal como os meus princípios e os meus fins. E uns normalmente servem os outros e vice-versa.;)


Nasci para foder. Digamos que encaro essa capacidade ou habilidade como um dom, um dom que a vida me deu, mas que me fui encarregando de aperfeiçoar.

Lembro-me de quando tinha pouco mais de 15 anos. Estávamos no Verão e era agradável sentar-me com o A. à noite no alpendre, às escuras a falar com nossos amigos. Sentava-me ao seu colo sem mais nada por baixo do vestido e enfiava-o enquanto ele, atrapalhado ia balbuciando uns sins meio frouxos e eu ia rindo e prolongava a conversa. Ele sempre meio parvo a apertar-me a cintura e eu a ajeitar-me quase constantemente. Foi nessa altura que me apercebi do quanto gostava realmente de foder. Fodia (e fodo) onde queria e o gozo está precisamente aí.

Quando conseguia que um dos meus namorados fosse lá a casa gostava de o foder na sala, diante da minha avó, cuja vista já não estava famosa. Era, como eu gostava de dizer, o desafio do silêncio. Foder em silêncio, sem ais nem uis, sem movimentos bruscos. O televisor então aumentava o volume no momento certo! Se ia dançar e começava a aquecer, aproximava-me do balcão por exemplo e agarrava no telefone. Numa ocasião telefonei à C., enquanto o puxava abria as calças e o enfiava. Ao mesmo tempo ia relatando à C. o que estava a fazer (ela adorava fazer-me o mesmo) mas isso deixava-o completamente maluco. Era como se fosse dono do meu corpo e não pudesse ir além do normalmente proibido. Os homens estão habituados a dominar a situação. Normalmente os homenes são mais afoitos e elas são meias sonsas, todas sempre ... meu maroto, olha que nos vêem, pára já te disse! Olha que nos vêem! De maneira que quando um homem apanha uma que lhe come o coiso no jantar de Natal, ou que quer ser comida por trás no meio da pista da disconight, aqui del rei que a gaja é maluca! É ninfomaníaca, apressam-se a rotular. Assim saiem-se melhor. Digo muitas vezes que se eu tivesse metade da garganta de muito macho latino que por aí se passeia, a Linda Lovelace não passaria, à minha beira, de uma menina de coro de igreja!

E eu então ao telefone a contar à C. que agora saboreava o que parecia ser puré de batata, com cenouras, alho francês, ao mesmo tempo que entornava metade do safari.

Acho que tenho um prazer muito especial em fazer um bom pau debaixo do nariz dos outros. Acho divertido e mais ainda se não pensarmos que estamos a foder. No metro por exemplo, em hora de ponta. Ainda há dias regressava da baixa com o J., que conheci nesse dia embora já nos tivéssemos correspondido várias vezes, e virei a saia para a frente. Puxei-o para mim a pretexto de deixar passar alguém, peguei-lhe na mão e larguei-a na minha lolita (a minha cona! Chamo-lhe assim há muito mas isso é história comprida. Um outro post quando estiver para aí virada!), que entretanto já escorria como que por magia. Reparei no ar espantado dele a olhar em volta, primeiro receoso depois mais afincado, a querer beijar-me. Eu em bicos dos pés para que ele me chegasse melhor e ele ligeiramente marreco. Eu a querer ver a cara dele! Só nos afastámos quando o metro já se aproximava do fim da linha e já estava meio vazio. Este J. atrapalhado outra vez, quando no dia seguinte e novamente no metro (acho que terá passado o dia todo a pensar nisto) lhe tiro o pirilau cá para fora e o aninho com as duas mãos, como se fosse um pinto. Primeiro mole e quentinho, para logo de seguida ficar duro e teso, capaz de varar alguém. Então virei-me de costas para ele enquanto lhe deixo as alças da mala penduradas no coiso, como um cabide. A cara dele!

Outra que adoro fazer é falar enquanto fodo. Já conheci quem comesse tremoços. Eu não, eu gosto mesmo é de falar enquanto fodo porque isso me dá um enorme prazer. Dizer coisas. Mas gosto principalmente de estar a foder com alguém e quando sinto que ele se está quase a vir desatar a contar como faço, com outros. Como se excitam, do que gostam que se lhes faça. Se os têm grandes, largos, compridos… Gosto de relatar os pormenores, todos, como se ditasse um manual de utilização ou de boas práticas como se usa agora dizer. Quando eles reclamam que estou com eles e não com outros eu digo-lhes que estou com quem quero e não é pelo facto de estar escarranchada a espremer um que não estou com outro a quilómetros, a sentir-lhe o cacete ali, bem enterradinho! Os homens gostam de foder, pois algumas mulheres também e não há mal nenhum de não se amar quem se fode! E se falar me aumenta o gozo porque não? Seria horrível se tivesse de foder sempre o mesmo tipo. Juro que não entendo as tipas casadas, que nunca por nunca, vão além dos próprios dedos ou da imaginação. Foder sempre o mesmo cansa! Eu sei como é apesar de ter tido sempre vários! E depois é muito agradável ser fodida por alguém que nem se conhece. Às vezes é a única maneira de se ser bem fodida, de foder a sério! Não há cá rotinas, nem números de telefone, bilhetes e emails.
Não há discussões, é assim, e é animal. É bom.


não seja corte!

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Ora se aqui chegou ou é porque vem distraído ou porque deu por mim no Anónima. Deixe-se ficar e desfrute. Chamo-me Susana Isabel, trabalho em conteúdo no Ministério e tenho muito, mas mesmo muito lhe para contar…

Isto vinha então a propósito de um corte de cabelo. Que horrível que eu estou, como vou fazer amanhã? E eu então aconselhava:

Tenho uma sugestão quanto ao como aparecer no escritório amanhã: NUA!
Exactamente minha amiga! Toda nua! (há que saber aproveitar as oportunidades que a vida nos dá!) Mas experimente uma gabardina escura. Aconselho igualmente botas pretas com salto e cano alto, de couro!

Garanto-lhe que assim que pendurar a gabardina, ninguém reparará no seu cabelo!

Depois sempre poderá aproveitar para dar asas à sua mais recôndita imaginação e espraiar-se languidamente pelas secretárias das colegas e dos colegas, demorar-se nos cabides, nos quais (e só lhe fica bem) poderá sempre ensaiar arrojadas cavalgadas sexuais. Para o efeito deverá fazer mexer o cabide em movimentos alternadamente ascendentes e descendentes, devagar e da forma mais suave que a sua condição física o permitir, enquanto flecte ligeiramente as pernas e balança sobre a cabeça o braço que não agarra o cabide, soltando pequeninos yupiiiiies, de preferência roucos e esganiçados – a ideia é criar um primeiro impacto que não apenas os distraia do estado do seu cabelo, mas que lhe permita retirar desse facto algum proveito! E já dizia um nosso governante, de que agora não lhe recordo o nome, «só temos uma primeira oportunidade para causar uma primeira boa impressão!»

Depois desta pequena manobra – e nesta altura já deverá ter conseguido reunir todas as pessoas que trabalham no seu escritório (a demorar-se um pouco mais, garante inclusivamente a presença de todos os colegas em situação de baixa prolongada) deverá então passar à segunda fase, isto é ao verdadeiro ataque: Como está a sua organizational awereness? A sua compreensão organizacional? Não percebe? Sabe quem é que corta o bacalhau!? Quem manda? (Irra senhora, que é preciso explicar-lhe tudo!) Sabe!? Pois bem, é então chegada a hora de o(a) laçar, ora pela gravata (tratando-se de espécimen masculino) ora pelo pescoço (se for uma sua congénere) e logo espetar-lhe um valente linguado. Depois há que arrastá-lo(a) bem para o meio do auditório (uma sala de reuniões também serve). No caso de se tratar de uma chefa, não preciso de lhe explicar muita coisa. Olhe bem para si, recorde-se das suas fantasias mais selvagens e trate de as concretizar no corpinho da dita. Vai ver como se divertem! Se para o efeito tiver de usar mais colegas, eles agradecem. Ainda não encontrei uma só mulher que não tivesse já sonhado estar com dois ou três homens ao mesmo tempo. Nisso devemos ser iguais a eles, mas temos mais vergonha de o confessar à primeira, ao passo que eles, se calha a lhe perguntarmos pelas fantasias atiram logo com as dos broches bem feitinhos por um lado e duas ou três ao mesmo tempo!
Se for um chefe então o caso fia mais fino. Não lhe vou descrever um fellatio (por estafa menina, apenas por estafa!) mas se o fizer, ao fellatio, engula! Não se mostre enojada, não fuja! Quando for o momento deixe-se ficar, feche ligeiramente os olhos, abra a boca e deixe que o jacto a atinja bem no céu! Deixe-se ficar bem até ao fim, até ao passar de todas as letrinhas pequeninas e só depois se levante. Avance uma última vez e limpe-o suavemente. Depois acondicione-o comodamente para uma segunda oportunidade.

E pronto! O que acaba de ler minha amiga é uma receita infalível para uma fulgurante promoção, um verdadeiro trampolim para o estrelato! Garanto-lhe um Natal bem mais solto e feliz! E tudo com um simples corte de cabelo, já viu?

Ainda lhe acrescento, à laia de moral da história, uma verdadeira lição de gestão, que não me canso de aplicar no meu Ministério. Transformar em força a fraqueza!


Da Etiqueta e merdas que tais, ou como tu para mim não és um terceiro

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A propósito do tu e de tratarmos os nossos pais por tu.

Meus pais, além de nos tratarem à distância da terceira pessoa do plural, toda a vida se trataram na reverência da respectiva terceira pessoa do singular, de cada um deles!

Era o meu pai “E a Gina é uma isto e a Gina é uma aquilo…” referindo-se à minha mãe mas enquanto falava com ela, ao que a minha mãe costumava responder “E o António devia … e o António não pode… e se o António fosse realmente homem…” e por aí fora.
Este tratamento sempre me foi relativamente incómodo e estranho até certo dia.

Em certa ocasião, já eu era bem crescidota, voltava para casa em noite de Sexta-feira porque mandei às malvas o tipo com que ia passar aquele fim-de-semana. Entrei em casa sem me aperceber que o fazia silenciosamente. Só nesse instante me terei apercebido que os meus pais não contariam comigo em casa nessa noite. Nem comigo nem com os meus irmãos, que deviam estar todos na Quinta do Magoito. Isto porque dei em ouvir uns barulhos surdos, lá para o fundo do corredor. Pareciam vir da cozinha. Aproximei-me por entre a penumbra, muito devagar e sem ruído. A porta estava entreaberta e o que se deixou ver foi o suficiente para por ali ficar, de movimentos e respiração completamente suspensos.

A minha mãe, arregaçada até ao pescoço, estava completamente escancarada sobre a mesa da cozinha, à qual se agarrava, como se esta lhe fosse fugir (recordo-lhe os dedos da mão direita a reluzir de cachuchos) enquanto o meu pai, de joelhos entre as pernas dela a lambia sofregamente, aos solavancos que ela ia acompanhando entusiasmada arqueando todo o corpo. E o meu pai então gemia “Giiiina, diga-me que gosta, mostre-me quanto quer que eu lhe chegue. Suplique-me que a foda, supliiiiique Giiiina!!” e a minha mãe (eu boquiaberta!) “Foda-me Antóóóónio, venha-se dentro de mim, mas não António, não paaaaare António, continueee!” E isto foi toda uma nova dimensão que se me deixou antever em resultado desta visão furtiva.

Apercebi-me de como o tratamento na terceira pessoa funcionava! Com o tratamento na terceira pessoa, ninguém, mas mesmo ninguém, seja em que circunstância for, perderá verdadeiramente a sua dignidade e compostura! Mesmo que grite como uma loba e se lhe vislumbrem distintamente dois dedos no cu.


Eu digo-te o que é que a Susaninha vai fazer!

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A animosidade contra a sujeita M.Rita não é nem despropositada nem gratuita! Esta dona puta constipada soube chapar o anúncio do Diário da República com a minha nomeação, insinuando biscates, mas não apresenta qualquer pejo em confessar a sua alta produtividade!

O texto que se segue foi deixado numa das portas traseiras do Sociedade Anónima, a propósito dessa tão produtiva M.Rita, que chegada às Sextas areja a pevide e nada mais faz que não sejam mails e telefonemas, pessoais!

Pois é caríssima M.Rita! Mas enquanto enleia seus joanetes, já decerto inebriada no fecundo odor antecipado do fim-de-semana, a tal de Susanita, a do post lá de baixo, sabe? Aquela de 2.ª Série para assessorar o Ministro - que tanto comentário jocoso gerou - entranha-se agora mesmo, não só de alma mas igualmente de corpo, num fragor de peleja na senda do respectivo conteúdo ... e quanto a isso minha cara, nicles! Não leio nem uma linha. Nada!

Mas já quando se trata de insinuar, insinuar não, afirmar mesmo, que outras que não vós, por aí andam em actividades ditas de biscate, então tudo bem, que se solte a verve.

Espantosamente e chegada a Sexta-feira, recolhe V.Exa. o seu neurónio e «não me chateiem que me doem os pézes!»

Esquece assim esta moura, que dedicada e produtiva, labuta vorazmente nas veredas e atalhos em busca do almejado conteúdo do Ministério (e mais! Ajoelhada onde calha, em qualquer tapete ou carpete! Se bem que, verdade seja dita, felizmente cá no Ministério só há persa de Isfahan para cima). Mas porventura julga ser fácil!? Cogita ser pêra doce!? Redondamente enganada.

Os soldados, vá-se lá saber porquê, preferem o arroz à retórica e nisto de se escrever sem se saber do quê, tem como se vê, seus comprovados méritos.

Pois assim vos digo, minha cara M.Rita. É que apesar de puta como tão bem soube adivinhar, ainda guardo e velo o meu código de honra – pois assim vos digo, fêmeas da Sociedade e restantes babados em geral, que a coberto do anúncio oficial em questão, se encapota uma verdadeira e filantropa missão de cariz patriota.

Às ocultas de todos e nessa singela menção de diário da nação, se arquitecta uma estratégia de filigrana, porém sólida, mas da qual não resisto, porque acicatada (!), em desvendar uma sua pequeníssima orla. Apenas somarei ao meu gozo (de que falarei adiante) este singelo proveito que é, tão só, esfregar-vos nessas fuças agora pasmadas, de rugas e papos de filharada, este tão portentoso segredo:

Fui encarregue, pelo próprio titular da pasta, da missão de reformar a justiça!

Exactamente ó saloias! Ouviram bem. Reformar toda a justiça. E como? Perguntar-me-ão vocês em uníssono, depois de fecharem essas cloacas escancaradas.

Ora, começando já se vê! Primeiro no próprio Ministério, num insight de furacão, mas logo de seguida nos próprios tribunais, e estes já estão agendados. Há muito magistrado por esse país fora a necessitar de motivação.
De seguida, lá para fim do ano que vem - não esquecer de verificar a calendarização - será a vez dos órgãos da polícia. Todos. Ainda há algumas dúvidas sobre a extensão deste projecto - se esta primeira fase cumprir os milestones desejados, tenho logo de seguida as Forças Armadas. Os três ramos! Até já assinámos a minuta de adjudicação de extensão.

E isto tudo por via da força oral. Não, não é verbal! É mesmo oral. Caso ainda não tenham descortinado a que me refiro, eu passo a explicar:

Cada felattio - leia broche quem não está familiarizado com o étimo erudito - a que tão briosamente me dedico é, pela sua qualidade de execução e cuidados de acabamento, uma pedra, verdadeiro lioz no edifício da vontade de reforma, que urge edificar.

Cada fellatio a que pressurosa e industriosamente me entrego é, sem lugar para falsas modéstias, um novo alento na capacidade de produção, em prol da justiça e do país, que se opera no dono do órgão sofregamente desgastado.

Cada broche que faço, minhas queridas, é para o radiante possuidor dessa pila, que decoro a saliva e gestos de língua, o inesperado encontro com uma excursão de suaves mas picantes anjos de seda e caril, numa revelação de verdadeiro jardim das delícias. E ao ritmo a que tão cabalmente tenho devorado os ditos, sou eu que vos digo:

A tão esperada reforma não tardará!

Mas de tal forma me dou com fervor a esta minha missão, que me não contenho e gozo mais do que me tinha inicialmente permitido - noblesse oblige! Quando não me venho, apanho-me palpitante e ensopada, a arder em desejo pelos corredores do Ministério, sempre à cata de mais um, de mais carne que me mate este animal.

Daí o desdém, voltando à vaca fria, que me merece quem, não se coibindo de lesta referir outrem - que ao contrário se ajoelha a labutar - vê chegada a Sexta para os joanetes arejar, pedindo descanso e repouso como se estes lhe fossem devidos! Uma mais que julgará casar, rica para gozar. Marido abstado, luxo de casa, filhos com sopeira e cupê e assim não sabe o que é, dar no duro e pelos vistos merecer, achincalho, impropério,
chamar-se Susana Isabel,
dar-se no Ministério e tão pouco ou mesmo nada ter.


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